Quem estuda e atende casos de violência sexual contra crianças e adolescentes, fala que poucos são denunciados. Como a maioria dos casos acontece em família, tem o envolvimento afetivo com o abusador (“ele é da família”, “eu amo ele”, “ele cuida de mim”). Existem os  medos: do abusador, de perder os pais, de ser expulso de casa, do Conselho Tutelar tirar da família e colocar em um “abrigo”, de que outros membros da família não acreditem em sua história, de como a família vai sobreviver (“se não tiver o dinheiro do abusador, como pagar as contas? comprar comida?”). Atualmente, existem leis para proteger a criança e o adolescente. A palavra da criança e do adolescente conta. Quem tem que sair de casa é o abusador. Existem serviços que acompanham a família e ajudam financeiramente através de programas sociais do Governo e outros programas não governamentais.

Tem jeito, é difícil, mas se calar não resolve. E outra coisa, se não acontece nada com o abusador, ele continua a fazer e pode machucar outras crianças e adolescentes também. Denuncie. Você não está sozinho(a)!